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22 November 2023

Marcas próprias e o seus diferenciais para o consumidor final

O cenário do comércio varejista se destaca pela grande competitividade e inúmeros canais de compra para o consumidor – cada vez mais exigente e munido de informações sobre os mais diversos produtos e criterioso na sua escolha.

Junto a isso, a indústria alimentícia segue o ritmo das mudanças e vê o crescimento da segmentação de produtos atendendo a pressão dos grandes varejistas por preços menores.

Com todos esses fatores, a conquista e a retenção de clientes está se tornando cada vez mais difícil e o grande diferencial que faz a marca ter destaque é justamente a estratégia.



Tendência internacional e mudança de perfil de qualidade



Enquanto no mercado europeu e norte-americano as marcas próprias já seguem a trilha do consumidor, no Brasil ele começou engatinhando lentamente, mas já se nota uma mudança de perfil em relação principalmente à qualidade.

No início das atividades no mercado nacional, as marcas próprias tiveram sua imagem atrelada à qualidade duvidosa devido aos preços baixos.

Atualmente, muitos dos itens que geravam essas dúvidas demonstram benefícios e acabamentos iguais ou superiores às marcas líderes do mercado.

Segundo a ABMAPRO – Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização, as marcas próprias são todo serviço ou produto fabricado, beneficiado, processado e embalado por uma organização que detém o controle e distribuição da marca, a qual pode, ou não, ter o seu nome.

Com isso, podemos afirmar que a grande diferença entre uma marca comum, ou seja, pertencente ao fabricante, e uma marca própria é o fato de a primeira ser desenvolvida por uma empresa que produz os itens para vendê-lo para diferentes varejistas e atacadistas, enquanto a segunda é fabricada por uma empresa que transfere os direitos de propriedade e uso para uma varejista, um grupo de varejistas ou uma organização compradora.



Por que investir em Marca Própria?



Marca Própria é vantagem competitiva, e por isso é necessário um esforço conjunto entre o varejo, detentor da marca e responsável por entregar os produtos diretamente nas mãos do consumidor, e a indústria, que o fabrica.

Ambos devem trabalhar em parceria e compartilhar do mesmo objetivo, que é o de desenvolver a Marca Própria, fazê-la crescer, aparecer e principalmente vender.

Com a estagnação da economia e a crise que o país está passando, investir em Marcas Próprias é uma aposta que renderá bons frutos.

E para isso, não tem segredo: estudar e entender o mercado, realizar planejamento e execução assertivos, prover investimentos na melhoria de gestão e processos, desde o desenvolvimento do produto, embalagem, logística, até chegar ao ponto de venda.

E falando em ponto de venda, por não ter investimento de mídia – e esse é um dos motivos que fazem algumas Marcas Próprias serem cerca de 20% mais baratas em relação aos produtos tradicionais da indústria – é necessário criar maneiras que façam com que os consumidores conheçam esses produtos.

E uma forma simples de fazer isso é promover a experimentação do produto Marca Própria no ponto de venda, uma das ações mais eficazes para aproximar o produto do consumidor e gerar vendas.

No Brasil, a Marca Própria vem crescendo ano a ano: desde 2013, o setor registrou 11% de aumento e a expectativa é atravessar 2018 com motivos para comemorar, com mais crescimento.

Porém, ainda é um mercado que precisa ser estimulado. Atualmente, apenas 5% do total comercializado no Brasil, de acordo com a Nielsen, é de Marcas Próprias.

Comparando com os EUA, onde esse mercado detém 17,4% e a campeã Suíça, com respeitáveis 46%, temos a dimensão do tamanho da oportunidade de quem resolver investir e se desenvolver nesse segmento, mesmo com a crise.

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